quinta-feira, 16 de junho de 2011

segunda-feira, 6 de junho de 2011

5° fichamento


Genes relacionados ao metabolismo dos fosfolípides como fatores de risco para o transtorno afetivo bipolar

Ivanor V Meira-LimaI,II; Homero Vallada


“Os estudos de epidemiologia genética fornecem consistente evidência de que o componente genético tem um papel preponderante no risco para o Transtorno Afetivo Bipolar (TAB), embora genes de vulnerabilidade ainda não tenham sido identificados de forma inequívoca.”

“Desde essas observações clínicas tem-se procurado demonstrar a existência de um componente genético para os transtornos de humor. Contudo, apenas nos últimos trinta anos as pesquisas de genética em psiquiatria adotaram uma metodologia mais rigorosa e confiável para confirmar tais observações.”

“Portanto, os dados oriundos de estudos com famílias, gêmeos e adotados fornecem consistente evidência de que o componente genético tem um papel preponderante no risco para o TAB e nos últimos anos abordagens de genética molecular vêm sendo utilizadas na tentativa de identificação dos genes de susceptibilidade para esta alteração do humor.”

“Nas doenças genéticas complexas como o TAB, os estudos de associação com genes candidatos oferecem uma alternativa mais atraente, sobretudo, pela possibilidade de detectar genes de pequenos ou moderados efeitos no aumento do risco para o surgimento da doença.”

“O estudo do metabolismo dos fosfolípides tem se revelado, nos últimos anos, um promissor campo de investigação, sobretudo, com a constatação de que a dupla camada de fosfolípides da membrana celular não tem apenas um papel estrutural, mas o de importante reservatório de moléculas pré-formadas de mensageiros dos processos de sinalização intracelular”

“A fosfolipase C, principalmente o subtipo gama (PLC-g), quando ativada, hidrolisa o fosfatidilinositol em moléculas de segundo mensageiros como o diacilglicerol (DAG) e o inositol-trifosfato (IP3). O diacilglicerol, devido à sua estrutura lipofílica, permanece ligado à membrana onde irá ativar a proteína kinase C (PKC) que fosforila uma série de proteínas (mudando sua estrutura e função), promovendo assim ativação de vários processos intracelulares, inclusive a transcrição do DNA.”

“Outros estudos demonstram ainda uma ação do lítio na redução da atividade da fosfolipase A2 inibindo a liberação de ácido aracdônico a partir dos fosfolípides da membrana. Estes dados foram obtidos por dosagens de RNA mensageiro ou através de medições da atividade das fosfolipases por métodos rádio-enzimáticos ou fluorimétricos em cérebros de ratos cronicamente tratados com lítio.”

“O modelo teórico de uma hiperatividade das fosfolipases no transtorno do humor fornece explicações plausíveis para a questão da bipolaridade, haja visto que uma maior ativação dessas enzimas conduziria ao incremento da liberação de ácidos graxos precursores das prostaglandinas, superativando os processos de transdução de sinais num estado que, posteriormente, poderia resultar numa importante perda das reservas destes ácidos graxos bioativos. Neste ponto, o mecanismo de transdução de sinais seria prejudicado pela impossibilidade de liberação de níveis adequados destes mediadores intracelulares.”

“Poucos estudos investigando genes relacionados ao metabolismo dos fosfolípides em portadores do TAB são encontrados na literatura. Quase todos analisam enzimas da via de sinalização fosfolipase C – inositol”

“Em conclusão, considerando que os fosfolípides são substâncias fundamentais na composição química do cérebro e requeridos para a estrutura de todas as membranas neuronais. Visto que exercem importante papel nos processos de sinalização intracelular, seu metabolismo surge como um importante foco para a investigação de uma base bioquímica dos transtornos mentais.”

10° Fichamento

Diagnóstico laboratorial das leucemias mielóides agudas

Graziele C. da Silva et. al


“As leucemias agudas caracterizam-se pela proliferação clonal e pelo bloqueio maturativo das células hematopoéticas, com substituição difusa da medula óssea por células neoplásicas. A leucemia mielóide aguda (LMA) é um grupo heterogêneo de doenças clonais do tecido hematopoético, que acomete predominantemente idosos acima de 60 anos de idade.”

“As leucemias são classificadas de acordo com o tipo celular envolvido e o grau de maturação das células. As leucemias agudas (LA) caracterizam-se pela proliferação clonal acompanhada de bloqueio maturativo (anaplasia) variável, o que possibilita a existência de diferentes subtipos de leucemias.”

“Os eventos moleculares precisos e responsáveis pela transformação leucêmica ainda não são conhecidos, entretanto o resultado final consiste na proliferação inexorável das células hematopoéticas imaturas que perderam a sua capacidade de diferenciação normal(17)”

“A LMA é uma doença predominante em adultos mais velhos (acima de 60 anos de idade), com mais de 50% dos casos(25, 37, 44). É mais comum no sexo masculino do que no feminino(4, 13), representa cerca de 15%-20% das LA da infância e 80% das dos adultos(20, 39) e apresenta um prognóstico pobre, especialmente em pacientes idosos(7).”

“As leucemias são classificadas com base no tipo celular envolvido e no estado de maturidade das células leucêmicas. Assim, as LA caracterizam-se pela presença de células muito imaturas (denominadas blastos) e por evolução rapidamente fatal em pacientes não-tratados”

“As principais colorações em uso são fosfatase alcalina; mieloperoxidase (MPO); sudão negro B (sudan black B [SBB]); naftol AS-D; cloroacetato esterase (CAE); esterases inespecíficas, como alfa-naftil acetato esterase (ANAE); reação do ácido para-aminossalicílico (ácido periódico de Schiff [PAS]) e fosfatase ácida.”

“Até bem pouco tempo, o diagnóstico da LMA era baseado exclusivamente na morfologia e na citoquímica do sangue e da medula óssea. Atualmente, o desenvolvimento de anticorpos monoclonais e citometria de fluxo assumiram o papel principal para a definição precisa das células blásticas de linhagem mielóide e subtipos de LMA(49).”

“Experiências clínicas têm demonstrado a importância vital de anormalidades citogenéticas na determinação da sobrevida em pacientes com LMA. Aprimoramentos em tecnologias moleculares também estão em foco na detecção de translocações clinicamente relevantes, bem como providências de métodos sensíveis para rastrear doença residual mínima, em muitos pacientes, e para descrever a caracterização da LMA no diagnóstico e/ou durante o tratamento(13, 31, 49).”

9° fichamento

Diagnóstico laboratorial das leucemias mielóides agudas

Graziele C. da Silva et. al


“As leucemias agudas caracterizam-se pela proliferação clonal e pelo bloqueio maturativo das células hematopoéticas, com substituição difusa da medula óssea por células neoplásicas. A leucemia mielóide aguda (LMA) é um grupo heterogêneo de doenças clonais do tecido hematopoético, que acomete predominantemente idosos acima de 60 anos de idade.”

“As leucemias são classificadas de acordo com o tipo celular envolvido e o grau de maturação das células. As leucemias agudas (LA) caracterizam-se pela proliferação clonal acompanhada de bloqueio maturativo (anaplasia) variável, o que possibilita a existência de diferentes subtipos de leucemias.”

“Os eventos moleculares precisos e responsáveis pela transformação leucêmica ainda não são conhecidos, entretanto o resultado final consiste na proliferação inexorável das células hematopoéticas imaturas que perderam a sua capacidade de diferenciação normal(17)”

“A LMA é uma doença predominante em adultos mais velhos (acima de 60 anos de idade), com mais de 50% dos casos(25, 37, 44). É mais comum no sexo masculino do que no feminino(4, 13), representa cerca de 15%-20% das LA da infância e 80% das dos adultos(20, 39) e apresenta um prognóstico pobre, especialmente em pacientes idosos(7).”

“As leucemias são classificadas com base no tipo celular envolvido e no estado de maturidade das células leucêmicas. Assim, as LA caracterizam-se pela presença de células muito imaturas (denominadas blastos) e por evolução rapidamente fatal em pacientes não-tratados”

“As principais colorações em uso são fosfatase alcalina; mieloperoxidase (MPO); sudão negro B (sudan black B [SBB]); naftol AS-D; cloroacetato esterase (CAE); esterases inespecíficas, como alfa-naftil acetato esterase (ANAE); reação do ácido para-aminossalicílico (ácido periódico de Schiff [PAS]) e fosfatase ácida.”

“Até bem pouco tempo, o diagnóstico da LMA era baseado exclusivamente na morfologia e na citoquímica do sangue e da medula óssea. Atualmente, o desenvolvimento de anticorpos monoclonais e citometria de fluxo assumiram o papel principal para a definição precisa das células blásticas de linhagem mielóide e subtipos de LMA(49).”

“Experiências clínicas têm demonstrado a importância vital de anormalidades citogenéticas na determinação da sobrevida em pacientes com LMA. Aprimoramentos em tecnologias moleculares também estão em foco na detecção de translocações clinicamente relevantes, bem como providências de métodos sensíveis para rastrear doença residual mínima, em muitos pacientes, e para descrever a caracterização da LMA no diagnóstico e/ou durante o tratamento(13, 31, 49).”

8° Fichamento

Diagnóstico laboratorial do albinismo oculocutâneo

Luciane de Melo Rocha; Lilia Maria de Azevedo Moreira


“Avaliar os métodos laboratoriais dos diferentes tipos de albinismo oculocutâneo (OCA 1 e OCA 2) de forma descritiva e analisar sua eficiência.”

“Melanossomos são organelas semelhantes aos lisossomos produzidos pelo complexo golgiense e pelo retículo endoplasmático rugoso, que os tornam maduros e pigmentados. Em seguida são transportados por processos dendríticos e encaminhados para queratinócitos adjacentes”

“Podem ser formados dois tipos de melanina: a feomelanina (amarela e vermelha) e a eumelanina (preta e marrom). A formação de algum pigmento em albinos com certos tipos de OCA sugere que a feomelanina é a primeira a ser formada, surgindo a eumelanina muito tempo depois(8).”

“A enzima tirosinase é responsável pela hidroxilação da tirosina à 3,4-diidroxifenilalanina (Dopa) e pela oxidação da Dopa em dopaquinona(5, 9, 10, 20, 22). A eumelanina é derivada da dopacromo, enquanto a feomelanina deriva do metabolismo da 5-S-cisteína-Dopa(4, 9, 2).”

“Os albinos são praticamente incapazes de transformar a tirosina em melanina. Conseqüentemente, têm a pele muito clara, cabelos brancos ou claros e seus olhos são vermelhos, pois a luz refletida atravessa os vasos sangüíneos dos olhos, ou, ainda, azul-esverdeados, se houver formação de algum pigmento na íris(21).”

“Os fios de cabelo são colhidos com um único puxo, fazendo uso de um pequeno alicate odontológico. A seguir são separados, identificados e, então, cortados e levados para análise(10). A incubação de cada fio é feita separadamente numa solução contendo L-tirosina a 37º por 24 horas(11). Após a incubação, os bulbos são lavados em água destilada, colocados em lâminas de vidro e observados ao microscópio com aumento de 80x(11).”

“A estratégia de análise usada por um laboratório de genética brasileiro para o albinismo oculocutâneo positivo é a análise de mutação(7). Para o negativo é feito o seqüenciamento de todos os cincos éxons envolvidos.”

“O teste do bulbo piloso diferencia o OCA 1 do OCA 2. Este ensaio pode ser utilizado para identificar o OCA 1A com segurança. Entretanto, um resultado positivo mostra a possibilidade de outros tipos de albinismo como OCA 1B, OCA 2, OCA 3 ou AO 1(3, 5).”

“Os avanços nas técnicas de seqüenciamento molecular proporcionam a identificação dos cromossomos envolvidos nas diferentes formas de albinismo, assim como informações sobre as mutações presentes. Essas informações possibilitam uma melhor compreensão do distúrbio e futuras possibilidades de melhoria nas condições de vida dos albinos, uma vez que o conhecimento preciso das suas causas é uma condição para a elaboração de técnicas mais eficazes de prevenção e tratamento.”

7° Fichamento

Genética molecular da deficiência auditiva não-sindrômica

Vânia B. Piatto et. al


“Aproximadamente 1/1000 recém-nascidos apresentam deficiência auditiva congênita, sendo 60% dessas de etiologia genética.”

“Nos países desenvolvidos, aproximadamente 1/1000 crianças apresentam deficiência auditiva severa ou profunda ao nascimento ou na infância, na fase pré-lingual. Em cerca de 60% dos casos a etiologia da deficiência auditiva é hereditária, 30%, adquirida e 10%, de etiologia idiopática. As formas não-sindrômicas são responsáveis por 70% dos casos de etiologia hereditária e as sindrômicas por 30% desses.”

“Alguns dos genes identificados, que ocasionam as formas sindrômicas, são também responsáveis por formas isoladas de deficiência auditiva.”

“O objetivo deste trabalho é apresentar uma revisão de alguns genes até o momento descritos que, quando mutantes, ocasionam as mais variadas formas de deficiência auditiva não-sindrômica: autossômica recessiva, dominante, de transmissão ligada ao X e as mitocondriais.”

“As proteínas não-convencionais miosinas formam uma família que se divide em 16 classes, sendo encontrada em maior quantidade nas células não-musculares.5 São menores que a miosina muscular e, por isso, também denominadas de mini-miosinas.”

“Miosina XV: proteína não-convencional (3530 aminoácidos) codificada pelo gene MYO15 com, no mínimo 50 exons, localizado no cromossomo 17 (17p11.2). Na orelha interna, a expressão desse gene parece estar restrita às células ciliadas sendo a proteína detectada, principalmente, nos estereocílios e na parte apical das células, na placa cuticular.”

“Vilina: proteína pertencente à molécula contendo o domínio PDZ, atua como um organizador dos complexos moleculares submembranas que controlam e coordenam a polimerização da actina para o crescimento da membrana dos estereocílios nas células ciliadas externas e internas. O gene vilina (9q32-q34), com 12 exons, codifica a proteína de mesmo nome, com 465 aminoácidos, que, quando mutante é responsável pela DFNB31, pré-lingual e de grau profundo. A proteína vilina é semelhante à proteína harmonina, por compartilhar 95% de seus três domínios PDZ.”

“CNQ4: o gene KCNQ4, com 14 exons, mapeado no cromossomo 1 (1p34), codifica uma subunidade protéica da família KCNQ dos canais de potássio, a proteína KCNQ4 (695 aminoácidos). Na cóclea, os canais KCNQ4 são expressos não só nas células ciliadas externas, mas também nas internas, tendo, como função, promover o fluxo de saída do potássio dessas células para as células de sustentação.”

“Conexina 26: em 1997, foi descoberto o gene conexina 26 (13q11-12), cujas mutações ocasionam DFNA3 e DFNB1.18 Isto levou a proposição que o gene Cx26 ou GJB2, com apenas 1 exon, que codifica a proteína conexina 26 (226 aminoácidos), pode ser responsável por ambas as formas de deficiência auditiva.”

“As doenças relacionadas ao DNA mitocondrial são transmitidas para ambos os sexos, somente pela mãe, podendo ser sindrômicas ou não-sindrômicas. O DNA mitocondrial codifica 13 RNA-mensageiros (RNA-m), 2 RNA-ribossômicos (RNA-r) e 22 RNA-transportadores (RNA-t).”

“A despeito dos significantes avanços na compreensão da base molecular da deficiência auditiva, a precisa identificação da causa genética ainda apresenta dificuldades, pela variedade fenotípica. Há a necessidade, primeiro, de se excluir as causas não-genéticas, depois as sindrômicas para, somente então, procurar pelas não-sindrômicas.”

6° Fichamento

Genes relacionados ao metabolismo dos fosfolípides como fatores de risco para o transtorno afetivo bipolar

Ivanor V Meira-LimaI,II; Homero Vallada


“Os estudos de epidemiologia genética fornecem consistente evidência de que o componente genético tem um papel preponderante no risco para o Transtorno Afetivo Bipolar (TAB), embora genes de vulnerabilidade ainda não tenham sido identificados de forma inequívoca.”

“Desde essas observações clínicas tem-se procurado demonstrar a existência de um componente genético para os transtornos de humor. Contudo, apenas nos últimos trinta anos as pesquisas de genética em psiquiatria adotaram uma metodologia mais rigorosa e confiável para confirmar tais observações.”

“Portanto, os dados oriundos de estudos com famílias, gêmeos e adotados fornecem consistente evidência de que o componente genético tem um papel preponderante no risco para o TAB e nos últimos anos abordagens de genética molecular vêm sendo utilizadas na tentativa de identificação dos genes de susceptibilidade para esta alteração do humor.”

“Nas doenças genéticas complexas como o TAB, os estudos de associação com genes candidatos oferecem uma alternativa mais atraente, sobretudo, pela possibilidade de detectar genes de pequenos ou moderados efeitos no aumento do risco para o surgimento da doença.”

“O estudo do metabolismo dos fosfolípides tem se revelado, nos últimos anos, um promissor campo de investigação, sobretudo, com a constatação de que a dupla camada de fosfolípides da membrana celular não tem apenas um papel estrutural, mas o de importante reservatório de moléculas pré-formadas de mensageiros dos processos de sinalização intracelular”

“A fosfolipase C, principalmente o subtipo gama (PLC-g), quando ativada, hidrolisa o fosfatidilinositol em moléculas de segundo mensageiros como o diacilglicerol (DAG) e o inositol-trifosfato (IP3). O diacilglicerol, devido à sua estrutura lipofílica, permanece ligado à membrana onde irá ativar a proteína kinase C (PKC) que fosforila uma série de proteínas (mudando sua estrutura e função), promovendo assim ativação de vários processos intracelulares, inclusive a transcrição do DNA.”

“Outros estudos demonstram ainda uma ação do lítio na redução da atividade da fosfolipase A2 inibindo a liberação de ácido aracdônico a partir dos fosfolípides da membrana. Estes dados foram obtidos por dosagens de RNA mensageiro ou através de medições da atividade das fosfolipases por métodos rádio-enzimáticos ou fluorimétricos em cérebros de ratos cronicamente tratados com lítio.”

“O modelo teórico de uma hiperatividade das fosfolipases no transtorno do humor fornece explicações plausíveis para a questão da bipolaridade, haja visto que uma maior ativação dessas enzimas conduziria ao incremento da liberação de ácidos graxos precursores das prostaglandinas, superativando os processos de transdução de sinais num estado que, posteriormente, poderia resultar numa importante perda das reservas destes ácidos graxos bioativos. Neste ponto, o mecanismo de transdução de sinais seria prejudicado pela impossibilidade de liberação de níveis adequados destes mediadores intracelulares.”

“Poucos estudos investigando genes relacionados ao metabolismo dos fosfolípides em portadores do TAB são encontrados na literatura. Quase todos analisam enzimas da via de sinalização fosfolipase C – inositol”

“Em conclusão, considerando que os fosfolípides são substâncias fundamentais na composição química do cérebro e requeridos para a estrutura de todas as membranas neuronais. Visto que exercem importante papel nos processos de sinalização intracelular, seu metabolismo surge como um importante foco para a investigação de uma base bioquímica dos transtornos mentais.”

4° fichamento

Delineamento de experimentos em genética genômica

Guilherme Jordão de Magalhães Rosa


“Genética genômica é um termo utilizado para representar o estudo de processos genéticos controladores de caracteres fenotípicos de herança complexa, a partir da análise conjunta de informação relativa a fenótipos, estruturas de parentesco, marcadores moleculares e expressão gênica”

“Genética genômica e genômica quantitativa são termos utilizados para representar o estudo de processos genéticos controladores de caracteres fenotípicos de herança complexa, a partir da análise conjunta de informação relativa a fenótipos, estruturas de parentesco, marcadores moleculares e expressão gênica (Jansen & Nap, 2001; Darvasi, 2003; Pomp et al., 2004).”

“Como estudos de genética genômica envolvem técnicas laboratoriais caras e trabalhosas, como por exemplo a genotipagem de grande número de marcadores moleculares como polimorfismos de base única (SNP, do inglês Single Nucleotide Polimorphisms) e experimentos de expressão gênica utilizando-se a tecnologia de microarrays ou a técnica da transcrição reversa quantitativa acoplada com a reação de polimerase em cadeia (qRT-PCR, do inglês quantitative Reverse Transcription Polymerase Chain Reaction),”

“A escolha da tecnologia de microarray a ser utilizada é muitas vezes limitada pela disponibilidade de alternativas para a espécie animal a ser estudada. Por exemplo, microarrays com sondas de cDNA podem ser construídos somente para espécies das quais etiquetas de seqüências expressas (EST, na sigla em inglês para Expressed Sequence Tags) já foram obtidas de bibliotecas de cDNA.”

“Até alguns anos atrás o custo de genotipagem era um fator limitante em estudos de mapeamento. Eram utilizadas então estratégias experimentais tais como a genotipagem seletiva (Lebowitz et al., 1987; Lander & Botstein, 1989;”

“Jin et al. (2004) utilizaram um estudo de simulação para comparar a eficiência de detecção de QTL desta estratégia de fenotipagem seletiva relativamente à uma amostragem aleatória do grupo de indivíduos disponíveis.”

“A medida de similaridade genética considerada por Jin et al. (2004) tende a selecionar indivíduos que são predominantemente homozigotos para alelos distintos nos marcadores moleculares considerados.”

“Por exemplo, Piepho (2005) propôs um critério alternativo de fenotipagem seletiva, favorecendo a proporção 1:2:1 para os genótipos A:H:B na sub-amostra, a qual maximiza a eficiência na estimação de efeitos de dominância.”

“Um outro objetivo experimental também considerado em estudos de genética genômica refere-se à estimação de componentes de variância e herdabilidade associados a expressão gênica (Gibson et al., 2004; Monks et al., 2004). Nestas circunstâncias, um critério eficiente para fenotipagem seletiva deve considerar o parentesco entre os indivíduos disponíveis, como discutido por Bueno et al. (2006)”

“pós a seleção dos indivíduos a serem utilizados nos experimentos com microarrays, outro importante passo no delineamento experimental se faz necessário, especialmente se for utilizada a tecnologia de hibridizações competitivas. Nestes casos, tem-se ainda que se decidir como as diferentes amostras serão pareadas e marcadas para cada hibridização (Wit et al., 2005; Bueno et al., 2006; Rosa et al., 2007).”

“Estes autores demonstraram que as amostras devem ser pareadas e marcadas de maneira a favorecer hibridizações referentes a comparações mais informativas em termos dos parâmetros genéticos de interesse.”

“Nesta apresentação são discutidas estratégias de delineamento para experimentos com microarray em estudos de genética genômica com diferentes objetivos experimentais, tais como a comparação dos padrões de expressão gênica de diferentes grupos genotípicos, o mapeamento de eQTL, ou a estimação de herdabilidades dos padrões de expressão.”

3° Fichamento


Análise genética de problemas craniofaciais – revisão da literatura e diretrizes para investigações clínico-laboratoriais

Ricardo Machado CruzI; Silviene Fabiana de Oliveira


“cada vez mais se descobre que os genes têm papel fundamental na etiologia dos problemas craniofaciais, no entanto, o conhecimento das bases da genética humana ainda está muito distante da prática diária do cirurgião-dentista clínico.”

“Desde os mais remotos tempos o homem busca resposta para duas perguntas centrais: quem somos e de onde viemos. Em teoria, conhecer a seqüência do genoma nuclear humano e seu funcionamento pode auxiliar na elucidação desses questionamentos.”

“Os genes são regiões genômicas relacionadas, dentre outras funções, com a síntese de produtos protéicos. A região cromossômica onde se localiza um dado gene define um locus gênico, sendo que um conjunto de locus é denominado loci gênicos2. As enzimas, por exemplo, podem ser produtos diretos da ação gênica.”

“Apesar das dificuldades, progressos na área têm permitido estimar que alterações herdadas em nossos genes sejam responsáveis por cerca de 3.000 a 4.000 distúrbios. Dentre essas estão doenças como anemia falciforme, fibrose cística, neurofibromatose, doença de Huntington e distrofia muscular de Duchenne, de interesse médico; e outras, como Treacher-Collins, microssomia hemifacial, disostose cleidocraniana, prognatismo mandibular e diversas formas de anodontia, que também interessam ao profissional de Odontologia.”

“Dentre essas variações estão os marcadores genéticos moleculares, muito utilizados na busca do locus ou dos loci gênicos relacionados a características de interesse. Marcadores genéticos podem ser definidos, então, como regiões do genoma (seqüências de DNA) compostas de duas partes: uma não variável, suficientemente específica para ajudar a localizar o locus no genoma; e um componente variável, suficientemente heterogêneo para identificar diferenças entre indivíduos e até entre cromossomos homólogos no mesmo indivíduo2.”

“A abordagem de um determinado problema a ser estudado deve iniciar com uma epidemiologia descritiva daquela característica. Nessa etapa, as variações quanto à origem/ascendência geográfica (denominada comumente como grupo étnico e/ou raça), classe social, idade e gênero podem fornecer pistas do envolvimento de fatores genéticos e/ou ambientais no desenvolvimento do fenótipo.”

“Buscando auxiliar na determinação da presença de um ou mais genes principais dentro das famílias, que possam explicar toda ou parte da agregação familiar da característica de interesse observada, utiliza-se o que é denominado de análise de segregação2, que é, em linhas gerais, a avaliação do padrão de distribuição do fenótipo em famílias. Estudos familiares baseados em casos de ocorrência do fenótipo em uma determinada população ou em famílias que compartilhem ambiente são geralmente usados para esse propósito.”

“A análise de ligação gênica é uma estratégia para tentar encontrar a localização cromossômica de um ou mais genes responsáveis pelo fenótipo estudado. O objetivo dessa estratégia é a busca de co-segregação entre marcadores genéticos moleculares e o fenótipo de interesse em famílias que tenham indivíduos afetados.”

“Em um dos trabalhos clássicos e mais conhecidos a respeito do crescimento e desenvolvimento craniofacial, Moss14, em 1975, sugeriu que não havia determinação genética direta para a morfogênese esquelética: o fenótipo seria determinado somente através das matrizes funcionais.”

“Os desafios para os tratamentos clínicos dos problemas craniofaciais são muitos: diagnósticos precisos, previsões de crescimento, efetividade nos tratamentos, estabilidade nos resultados dos tratamentos e, em muitos casos, aconselhamentos genéticos. O sucesso para gerenciar tamanhos desafios depende da compreensão dos mecanismos genéticos básicos do crescimento e desenvolvimento craniofacial.”

“Ainda falta muito para que os mecanismos genéticos que envolvem o desenvolvimento dos distúrbios no processo craniofacial sejam totalmente esclarecidos, mas é fundamental que o cirurgião-dentista comece a se familiarizar com a nomenclatura específica da área e conheça os conceitos e princípios gerais que norteiam as novas técnicas laboratoriais de análises genéticas.”

2° fichamento

Para que existem as regras de nomenclatura genética


Alessandra Splendor

“Na comunicação científica, é de fundamental importância o uso de termos precisos que transmitam de forma clara e concisa as idéias dos autores aos leitores. Para isso, existem convenções de nomenclatura que, quando conhecidas e empregadas por todos, facilitam o entendimento entre os profissionais da área.”

“O grande número de genes identificados e arquivados em diversos bancos de dados eletrônicos torna ainda mais urgente o estabelecimento de uma nomenclatura universal e única para todos os genes.”

“Já existem mais de 20 mil genes catalogados no banco de dados do HGNC, chamado Genew, 5-7 que, além do nome e símbolo oficiais, informa também a localização cromossômica e os codinomes (aliases, outros símbolos historicamente associados ao mesmo gene) mais freqüentes.”

“Um dos problemas enfrentados pelo HGNC ao aprovar um nome e símbolo únicos para cada gene foi a existência de genes que haviam sido descritos por mais de um autor e recebido nomes diferentes.”

“Alguns exemplos de genes freqüentemente envolvidos em translocações nas leucemias cujo nome aprovado não é o mais utilizado são: RUNX1 (AML1, CBFA2), ETV6 (TEL), RUNX1T1 (ETO), MLL (HRX) e TCF3 (E2A)”

“Na maioria dos casos, a proteína é designada pelo mesmo símbolo do gene. As notórias exceções são as proteínas dos genes RB1 e TP53, que são comumente designadas pRB e p53.”

“A designação de um produto gênico por seu peso molecular é extremamente inadequada, pois além de não nos informar sobre a sua função, produtos com o mesmo peso molecular podem ser codificados por genes diferentes.”

“Para saber qual o símbolo aprovado de um determinado gene, deve-se consultar a página do HGNC/Genew. 7 Na página principal, há um campo para busca (search) onde é possível colocar o nome do gene por extenso, seu símbolo ou codinome.”

“Um dos motivos que causa confusão é que nem sempre, na literatura, as regras de nomenclatura e grafia são seguidas à risca. Principalmente no meio eletrônico (Internet) é comum encontrarmos símbolos de genes grafados sem itálico. Muitas revistas que oferecem artigos no formato HTML não usam itálico em seus textos on-line, mas usarão a grafia correta na edição impressa ou na versão portable document file (.pdf). Mais grave do que a grafia correta, entretanto, é o fato de nem todas as revistas pedirem que os autores utilizem os símbolos de genes aprovados para a publicação de artigos”

1° Fichamento

Rastreamento gênico da neoplasia endócrina múltipla tipo 2: experiência da Unidade de Endocrinologia Genética da USP

SANTOS, Marcelo A.c.g. Dos et.al


“A neoplasia endócrina múltipla tipo 2 (NEM-2) é uma síndrome tumoral
hereditária que compreende: carcinoma medular de tireóide, hiperparatiroidismo primário, feocromocitoma e outras doenças nãoendócrinas. Desde a identificação das primeiras mutações missense no
RET associadas ao NEM-2, a detecção de mutações no RET adquiriu
grande impacto no tratamento clínico da NEM-2, tais como o pronto
diagnóstico e tratamento do CMT.”

“ANEOPLASIA ENDÓCRINA MÚLTIPLA tipo-2 (NEM-
2) é herdada por genes autossômicos dominantes
e compreende um grupo de doenças, tais como carcinoma medular de tireóide familiar (CMT-F), neoplasia endócrina múltipla tipo-2A (NEM-2A), que apresenta CMT associado a feocromocitoma (FEO) e
hiperparatireoidismo primário (HPT), e NEM, tipo-
2B (NEM-2B), onde ocorrem CMT, FEO e gânglioneuromatose de mucosas. Estas neoplasias neuroendócrinas são oriundas de células da crista neural:
células C da tireóide, células cromafins da medula da
adrenal; células principais e oxifílicas das paratireóides;
gânglios simpáticos,”

“Aspectos moleculares. Em 1985, estudos de
transfecção com DNA de linfoma humano em células
NIH-3T3 revelaram foco de proliferação tumoral
com presença de diferentes seqüências genéticas de
DNA. Entre estas seqüências, uma apresentava-se em
comum e foi denominada RET – “rearranged during
transfection”.”

“As mutações no  RET estão presentes em 98% dos casos, sendo que as do tipo  missense  ocorrem mais comumente nos éxons 10 e 11, envolvendo os códons 609, 611, 618, 620, 630 e 634. Pequenas inserções de nucleotídeos nos códons 635 e 637 são mais raras. O códon 634 corresponde a 85% das mutações encontradas, das quais 52% correspondem à mutação Cys634Arg e 26% à mutação Cys634Tyr. Portadores da mutação Cys634Arg podem desenvolver metástases em linfonodos regionais do pescoço aos 15 anos de idade, enquanto que metástases a distância são freqüentes em portadores da mutação Cys634Tyr, aos 30 anos de idade (1,2,27).”

“A NEM-2B compreende a forma mais distinta e agressiva de CMT hereditário e representa 5% das NEM-2. O aparecimento ultraprecoce do CMT ocorre usualmente antes de 1 ano de idade (2,8). A mutação Met918Thr ocorre em 95% dos casos, e a mutação Ala883Phe, em cerca de 4% dos pacientes com NEM-2B (1,2). Mutações menos freqüentes como Ser922Tyr e as associações entre mutações no códon 804 com Tyr806Cys no mesmo alelo foram relatadas (1).”

“Quanto aos familiares de afetados, a escolha de metodologia de rastreamento de mutações genéticas no RET deve considerar a praticidade, custo-benefício, sensibilidade e especificidade do método, em comparação ao seqüenciamento genético direto (padrãoouro).”

“Como em toda pesquisa clínica, devemos seguir a resolução do Conselho Nacional de Saúde n° 196, de 10 de outubro de 1996, dispondo sobre diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos.”

“A extração do DNA genômico é realizada em nosso serviço pelo “método do sal” (salting out), por
ser um procedimento rápido e de baixo custo (34). Sua quantificação é realizada com auxílio de espectrofotômetro.”

“A extração do DNA genômico é realizada em nosso serviço pelo “método do sal” (salting out), por ser um procedimento rápido e de baixo custo (34). Sua quantificação é realizada com auxílio de espectrofotômetro.”

“Na fase pré-genômica, parentes de primeiro grau de pacientes com NEM-2, os quais possuem 50% de chance de apresentarem mutações no RET, eram rastreados anualmente para CMT, FEO e HPT, por meio de marcadores tumorais. Nesta fase, o diagnóstico do CMT era usualmente tardio, sendo freqüentes as apresentações mais avançadas da doença. Com o diagnóstico gênico da NEM-2, a indicação da tireoidectomia total tornou-se precoce e específica aos portadores de mutação no  RET, tendo esta cirurgia adquirido grande valor curativo para o CMT (2,22,31).”

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Mais uma Tarefa . . . Vídeo LegendadOo'

Divulgação do Trabalho de alguns colegas . .

1-Vídeo da Isabela Fechine


2-Vídeo da Lívia Karynne 


3-Vídeo do Eduardo Sérgio da odonto da tarde

4-Visita a APAE de Michel Laurindo

http://michellp86.blogspot.com/2011/05/visita-apae-jn-tarefa-02-gincana-de.html

5-visita a APAE de Eduardo Sérgio

6-Visita a APAE de Thayne Andrade

7-Visíta a APAE de Emmanuel Augusto 

8-Visita a APAE de Karina Macêdo

9-Visita a APAE de Lívia Karyne 

http://liviakarynnelivia.blogspot.com/2011/05/momento-magico-e-unico-visita-apae.html

10-Joao Ricardo

http://ricardoserrita.blogspot.com/2011/05/dp.html

Meu Painel de divulgacão do Blog ))