Para que existem as regras de nomenclatura genética
Alessandra Splendor
“Na comunicação científica, é de fundamental importância o uso de termos precisos que transmitam de forma clara e concisa as idéias dos autores aos leitores. Para isso, existem convenções de nomenclatura que, quando conhecidas e empregadas por todos, facilitam o entendimento entre os profissionais da área.”
“O grande número de genes identificados e arquivados em diversos bancos de dados eletrônicos torna ainda mais urgente o estabelecimento de uma nomenclatura universal e única para todos os genes.”
“Já existem mais de 20 mil genes catalogados no banco de dados do HGNC, chamado Genew, 5-7 que, além do nome e símbolo oficiais, informa também a localização cromossômica e os codinomes (aliases, outros símbolos historicamente associados ao mesmo gene) mais freqüentes.”
“Um dos problemas enfrentados pelo HGNC ao aprovar um nome e símbolo únicos para cada gene foi a existência de genes que haviam sido descritos por mais de um autor e recebido nomes diferentes.”
“Alguns exemplos de genes freqüentemente envolvidos em translocações nas leucemias cujo nome aprovado não é o mais utilizado são: RUNX1 (AML1, CBFA2), ETV6 (TEL), RUNX1T1 (ETO), MLL (HRX) e TCF3 (E2A)”
“Na maioria dos casos, a proteína é designada pelo mesmo símbolo do gene. As notórias exceções são as proteínas dos genes RB1 e TP53, que são comumente designadas pRB e p53.”
“A designação de um produto gênico por seu peso molecular é extremamente inadequada, pois além de não nos informar sobre a sua função, produtos com o mesmo peso molecular podem ser codificados por genes diferentes.”
“Para saber qual o símbolo aprovado de um determinado gene, deve-se consultar a página do HGNC/Genew. 7 Na página principal, há um campo para busca (search) onde é possível colocar o nome do gene por extenso, seu símbolo ou codinome.”
“Um dos motivos que causa confusão é que nem sempre, na literatura, as regras de nomenclatura e grafia são seguidas à risca. Principalmente no meio eletrônico (Internet) é comum encontrarmos símbolos de genes grafados sem itálico. Muitas revistas que oferecem artigos no formato HTML não usam itálico em seus textos on-line, mas usarão a grafia correta na edição impressa ou na versão portable document file (.pdf). Mais grave do que a grafia correta, entretanto, é o fato de nem todas as revistas pedirem que os autores utilizem os símbolos de genes aprovados para a publicação de artigos”
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